Ludhmila Hajjar vai recusar convite para ser ministra da Saúde


A médica cardiologista Ludhmila Hajjar não vai aceitar o convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar o posto de ministra da Saúde. A informação foi revelada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Os dois se reuniram no último domingo, 14, durante quase três horas. Eduar

Na conversa entre eles, foram tratados temas de combate à pandemia de covid-19, como isolamento social, vacinação e tratamento precoce. Ludhimila Hajjar já se posicionou a favor do isolamento e da imunização em massa e contra o chamado tratamento precoce, apoiado por Bolsonaro.

A cardiologista chegou a participar de estudos que desmentiam a eficácia de remédios que fazem parte do “kit covid”. Segundo Mônica Bergamo, no encontro entre Ludhmila Hajjar e Bolsonaro, não houve consenso sobre como os temas seriam tratados.

Inicialmente, o diálogo era tranquilo, mas a tensão aumentou devido à falta de concordância entre as partes. Ludhmila e Bolsonaro devem se encontrar novamente nesta segunda, 15. No entanto, a médica já teria decidido que não vai aceitar o convite.

A escolha era apoiada especialmente pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Ministros do STF e ministros do governo Bolsonaro também eram a favor da escolha.

Professora associada da Universidade de São Paulo, Ludhimila Hajjar é cardiologista e se especializou no tratamento da covid-19. Foi ela quem tratou o ministro Eduardo Pazuello quando ele pegou covid-19, assim como o próprio Arthur Lira e o ministro Fábio Faria, das Comunicações, entre outros.

Com a negativa de Ludhimila Hajjar, outras opções são o cardiologista Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, e o deputado federal Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), mais conhecido como Dr. Luizinho. Ele é aliado de Lira na Câmara e presidente a Comissão Especial da Covid-19 no parlamento.