A Caatinga, localizada na região Nordeste, é o único bioma 100% brasileiro e ocupa quase 10% do território do país, com 736.833 km². Devido à sua biodiversidade, ela é rica em recursos genéticos. Além disso, apresenta três camadas: árborea, arbustiva e herbácea. Por conseguinte, os cactos armazenam água e outras plantas possuem raízes, praticamente, na superfície do solo para absorver chuva.
O bioma, que é o semiárido de maior densidade populacional do mundo, abarca alto índice de espécies endêmicas, ou seja, que só nascem nessa área. Contudo, já perdeu mais de 40% de sua vegetação nativa. Entre os problemas socioambientais, pode-se citar a contaminação das águas pelos agrotóxicos, que, após serem aplicados nas lavouras, passam das folhas para o solo levado pela irrigação, chegando, então, nas represas e matando os peixes. Ademais, nos últimos 15 anos do século XX, cerca de 40 mil km² da Caatinga, decorrente da atividade humana, se transformaram em “deserto”.
De acordo com um estudo publicado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em 2018, o bioma abriga 371 espécies nativas de peixes, 98 espécies de anfíbios, 244 espécies de répteis, 548 espécies de aves e 183 espécies de mamíferos. Ainda mais, no que tange à flora local, são quase 3,2 mil espécies, sendo que 23% – um quinto das plantas – são endêmicas. Por fim, é importante ressaltar que a Caatinga funciona como zona de transição entre a Mata Atlântica e a Amazônia. Portanto, é extremamente importante preservar essa região habitada por pessoas as quais buscam garantir sua sobrevivência, com os recursos naturais e espaços ali presentes.