Mais de um brasileiro por minuto


O Brasil perdeu. Em apenas 24 horas, perdeu 1.726 vidas. 1.726 cidadãos. 1.726 sonhos. 1.726 possibilidades. O país registrou 1.726 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas – recorde desde o início da pandemia. Já são 40 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil, 6 dias acima de 1,1 mil, e pelo terceiro dia a marca aparece acima de 1,2 mil. Foram quatro recordes seguidos de sábado até aqui.

A quem interessa este colapso? A quem interesse o boicote de vacinação do governo federal? Não podemos pensar que é apenas maldade. Algum interesse há por trás e isso torna a situação ainda mais grave. Seja lá o que for o que move o interesse de quem detém o poder, vale mais do que vida? A questão é legal e também é moral. Quem será responsabilizado? 

Há quase um ano, 257.361 choram e a cada dia esse número aumenta de forma assustadora. 

Queríamos ser os mensageiros da esperança. Mas a realidade é outra. “Pela primeira vez, desde o início da pandemia, verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento do número de casos, de óbitos, a manutenção de níveis altos de incidência de SRAG, alta positividade de testes e a sobrecarga de hospitais”, inicia o boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), emitido na segunda-feira (1), alertando para uma piora da situação sanitária em todo o país.

O governo federal não vai nos defender. Defendamos a nós mesmos. Preservem-se. Cuidem-se. Não é brincadeira.