Na Amazônia equatoriana, estudantes da Universidade de Yale encontraram o fungo Pestalotiopsis microspora, que é um cogumelo o qual pode se alimentar do plástico poliuretano – díficil de ser reciclado, porque é um poluente orgânico persistente. Como a espécie não necessita de Oxigênio na sua alimentação, os processos de degradação e de transformação podem ocorrer nas profundezas de aterros sanitários, através da inoculação de seus micélios.
Dessa forma, a biorremediação é eficaz para a redução de resíduos, pois, para que uma variedade de poluentes seja quebrada, baseia-se em ciclos biológicos. Logo, a descoberta que foi publicada no “Applied and Environmental Microbiology ” (https://aem.asm.org/) em 2011 é mais um demonstrativo da importância da biodiversidade da Floresta Amazônica, em âmbito mundial, para garantir o equilíbrio ecológico.
A Amazônia, com 60% de extensão no território brasileiro, é a maior floresta tropical do mundo. Por conseguinte, suas árvores são responsáveis pelo lançamento de mais de 200 mil metros cúbicos de água por segundo na atmosfera. Além disso, ela abarca 20% da diversidade animal do planeta – com onça-pintada, sucuri, pirarucu, mico-leão-dourado e outros -, retém 8% do carbono presente na atmosfera terrestre e 20% das reservas mundias de água doce. Então, cuidar da Amazônia é também preservar vidas.